As 8:30hs da manhã, ao chegar na grande potência de São Paulo, visualizávamos meia duzia de gatos pingados, alguns organizadores, pessoas que trabalhariam o dia todo por ali, e já algumas estrelas daquele dia que, marcaria os anos de militância da Parada do Orgulho GLBT.
A imprensa toda reunida embaixo do vão do Masp, policiais espalhados por toda a avenida. A expectativa para o início era enorme. Aos poucos as pessoas iam chegando, os grupos se reunindo, cheios de animação.
Por volta das 11hs os trios já se movimentavam pela avenida. Tudo está sendo montado e já há centenas de pessoas.
As drags tomam conta de toda a atenção. São abordadas, abraçadas, convidadas a posar para fotos. Parece uma passarela, com muito brilho e glamour.
Famílias, crianças, idosos, estrangeiros... Na avenida transitava todos os tipos de pessoas e classes sociais. Diferença e preconceito não existiam.
A beleza dos carros, beixigas que formavam o arco-íris inconfundível, que é marca registrada do movimento. Tudo era festa!
As 13hs o primeiro, dos 21 carros abre o evento. Em cima do trio convidados especiais como o Prefeito Gilberto Kassab, Marta Suplicy, Leão Lobo, Alexandre Frota, entre outros. A avenida estava totalmente tomada. Parecia um rio de gente, não havia espaço para se movimentar, já à esta altura, as 3,5 milhões de pessoas estavam espalhadas por toda a Paulista.
Empurra-Empurra, algumas brigas e assaltos, em dado momento tomou conta da festa. Apesar de toda a animação regadas a vinhos baratos, vodkas, cervejas, alguns refrigerantes e muita água, desgastes e aborrecimentos também não faltou. O índice de roubos de celulares foi estrondante, o que chateou e estragou o dia de milhares de pessoas. A parada foi seguindo pela rua da Consolação e teria seu “fim” na Praça da República. O final oficialmente foi por volta das 19hs, mas os festeiros sem vontade de voltar para casa, esticaram pelos bares e boates até findar as últimas energias.